domingo, maio 13, 2007

Olavete's Day em Coimbra

Finda a Queima das Fitas, a alegria teve um dia extra, pelo menos para mim. Hoje o Luís Afonso Assumpção, engenheiro gaúcho que actualmente vive no Porto, colunista do Mídia sem Máscara e aluno do Olavo de Carvalho fez uma visitinha à Coimbra. Ele já havia estado cá antes, mas, por falta de comunicação, não pude ter com ele nem com os outros olavetes da cidade, que ele descobriu há um tempo.

Fui pegar, já atrasado, o Luís Afonso na estação de comboios Coimbra Cidades. Sentamos no café Montanha, logo na Portagem e iniciamos o bate-papo que renderia por todo o dia. Logo percebi o quanto ele é inteligente e bem informado. Política brasileira e internacional, filosofia, conservadorismo, liberalismo no Brasil, Olavo de Carvalho e seus detratores, falámos de tudo isso e um bocado mais. Aí deu 12:30 e fomos ao encontro dos outros.

Eis que os conheci: Luís Afonso, Naaliel e Maxwell. Os dois últimos estavam com suas respectivas esposas. Conversamos um pouco na porta da igreja deles e daí nos dirigimos para um almoço no restaurante Chimarrão, no Centro Comercial Fórum de Coimbra. E, regado à muita carne e petiscos deliciosos que fizeram-me recordar os sabores do Brasil [1], tive um dia excelente, conversando sobre temas que me interessam deveras. Deste encontro, estamos nos organizando para criar um movimento conservador. Até agora não há muita coisa definida, mas os propósitos e o empenho são verdadeiros.

Ao fim do almoço o Maxwell teve de voltar para casa com sua esposa, que estava grávida, e a esposa do Naaliel. Continuamos então os três a tratar do conservadorismo, passeando pela Praça da República, pelo Parque da Sereia e pelo Penedo da Saudade.

Eis que deu a hora do comboio do Luís Afonso partir e o fomos deixar na estação Coimbra B. Voltamos e o Naaliel deixou-me na Portagem. Daí segui para casa.

Foi um excelente dia. Praticamente nunca tenho oportunidade de tratar desses assuntos sob esse enfoque ao vivo, fazendo-o quase sempre via Internet. É bom encontrar pessoas assim, inteligentes, cultas e que compartilhem das mesmas ideias que você. Espero que mais encontros desses ocorram, e que o Movimento Conservador Brasil-Portugal fortaleça-se cada vez mais!

1-Para relembrar mais ainda o Brasil, os dois empregados de mesa que nos atenderam eram brasileiros- coincidentemente de Fortaleza, minha querida cidade natal!

sábado, maio 12, 2007

Queima das Fitas



Finalmente terminou ontem a Queima das Fitas. A Queima é o evento que marca, basicamente, o fim do ano universitário em Portugal. Acontece nesta época do ano em todo o país, sendo a de Coimbra, talvez, a mais forte de todas. Algumas aulas costumam ter lugar pouco após a festa, mas são pouquíssimas e raras.

São 7 dias de festa pesada, regada à muita bebida e sem hora para acabar. À noite, alguns espectáculos acontecem no parque da Baixa, às vezes com nomes importantes da música internacional.

Mas o mais interessante é o dia do Cortejo. Ele é que é a cara da Queima. Consiste num dia em que os formandos vão, de traje académico, com uma cartola, gravata e bengala da cor de seu curso, em carros alegóricos pagos por eles mesmos, da praça da Sé Nova até perto da Câmara Municipal da cidade. As ruas ficam entupidas de estudantes e curiosos. Praticamente todos os alunos da UC estão trajados, e os carros também seguem a mesma cor do curso dos respectivos cursos, no meu caso (Direito), a cor é vermelha. Bebida e sandes liberados das 3 da tarde até o escurecer, ou enquanto durar o estoque. Não é preciso dizer que, após tudo isso, os participantes estão em estado lastimável, bastante alcoolizados. As ruas ficam imundas, cheias de cacos de vidro, restos de embalagens e tudo o mais que recorde um Carnaval que acaba de passar. Claro que logo se limpa, mas é incrível a transformação das ruas.

No dia do Cortejo é que acontece, de facto, a queima das fitas, isto é, os estudantes veteranos queimam a ponta das fitas de seus cursos, como sinal do fim da vida académica.

Acabou-se, acabou-se tudo. Hora de voltar à normalidade.